Projeto aumenta renda de baianas de acarajé e outros segmentos de mulheres
Preservação da cultura afro-brasileira e mais renda para mulheres baianas. Estes foram os resultados do projeto “Ancestralidade: costurando e bordando a cidadania”, que teve solenidade de encerramento realizada em Salvador. A iniciativa foi uma parceria entre a Secretaria Estadual de Políticas para as Mulheres (SPM) e Associação de Baianas de Acarajé e Mingaus (ABAM), viabilizada por meio de convênio firmado no final do ano passado.
Ao todo, 120 mulheres foram beneficiadas, com cursos de qualificação profissional, oficinas e palestras nas áreas de culinária, corte, costura e bordado na temática afro-brasileira. Com isso, as beneficiadas, que são moradoras de Periperi e Itapuã, em Salvador, além de Lauro de Freitas, estão preparadas para a produção de acarajés, cocadas, mingaus, vestimentas e adereços das tradicionais baianas, profissionais marcantes do cenário da Bahia.
“Na metade do curso muitas já estavam comercializando seus produtos e aumentando a renda. Isso é gratificante”, disse a coordenadora geral da ABAM, Rita Santos, lembrando que o projeto “significou uma vitória”, por ser a primeira parceria formalizada com o Estado, nos 25 anos da organização, que já possui 4,5 mil filiadas.
A representante da SPM, Madalena Noronha, ressaltou a ação fortalece a capacidade de luta das mulheres negras, que significam maioria entre as que atuam no ramo. “Assim, o Governo do Estado contribui significativamente com o fortalecimento de um segmento historicamente invisibilizado”, comentou.